sexta-feira, 27 de julho de 2012

MG – Mineroduto vai ligar Grão Mogol à Bahia


O projeto faz parte do investimento de cerca de R$ 3,6 bilhões, que inclui a produção de 25 milhões de toneladas de ferro

O projeto faz parte do investimento de cerca de R$ 3,6 bilhões, que inclui a produção de 25 milhões de toneladas de ferro

Será construído um mineroduto com extensão de 490 quilômetros para levar o minério de ferro de Grão Mogol, Região Norte de Minas, até o Porto Sul, em Ilhéus (BA).
O mineroduto será implantado pela Sul Americana Metais (SAM), subsidiaria da Votarantim Novos Negócios (VNN), uma das empresas que investem na exploração mineradora na região. Para viabilizar o uso da água no processo produtivo e no mineroduto, a empresa vai construir uma barragem no Rio Vacaria (Região de Salinas), um investimento de R$ 80 milhões.
A SAM vai implantar o Projeto Vale do Rio Pardo, que prevê a produção de 25 milhões de toneladas de minério de ferro por ano no município mineiro.
O investimento é de cerca de R$ 3,6 bilhões, com possibilidade de um acréscimo de R$ 600 milhões, de acordo com o governo de Minas. 
Nesta semana, executivos da SAM se reuniram com os secretários de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Gil Pereira, e de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, a fim de discutir a formalização de um protocolo de intenções entre o governo e a empresa do Grupo Votorantim. A assinatura do documento deve ser feita em 12 deste mês. 
Desde as primeiras notícias sobre os investimentos na exploração das reservas de minério de ferro no Norte de Minas, começou uma discussão em torno do transporte do produto – se ele seria feito por ferrovia ou mineroduto. O próprio governo do estado chegou a anunciar a elaboração de um projeto da construção de um ramal ferroviário, ligando Grão Mogol e Salinas até um ponto mais próximo da Ferrovia Centro Atlântica, possivelmente no município de Monte Azul. Também surgiram especulações em torno da construção do mineroduto, para que a exportação pelo porto que está sendo construído em Ilhéus. A preocupação era de como conseguir água para o escoamento pelo mineroduto, tendo em vista que os municípios da região enfrentam a carência hídrica. 
Um problema que a SAM promete resolver com a construção da barragem no Rio Vacaria, que também servirá para atender os pequenos agricultores da região. “Além do empreendimento, serão atendidos 500 propriedades rurais com área até 2 hectares de irrigação”, afirma Dorothea Werneck. O prefeito de Salinas, José Antônio Prates (PTB), considera que a construção do mineroduto é uma boa alternativa para viabilizar a saída do minério de ferro da região. “O meu sonho mesmo era a construção de uma ferrovia, para que pudesse ser usado também o transporte de cargas e de passageiros. Mas não tenho nenhuma objeção ao mineroduto”, assegura. 
“Existe a preocupação em relação a questão da água. No entanto, se a empresa está se propõe a construir a barragem, ela mesmo vai garantir o fornecimento de água e estará dando uma contribuição para a região”, diz o prefeito de Salinas. Ele defende que a mineradora também venha indenizar os proprietários das áreas por onde passar o mineroduto. “A empresa tem obrigação com o desenvolvimento sustentável e social da região”, acrescenta Prates, que entende que os prefeitos da região também devem ser convidados para a assinatura do protocolo de intenções com a SAM, visando à implantação do empreendimento.

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